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Plano Pastoral da unidade

Plano Pastoral 2022/23 para a UPSB [Guia pastoral]

Tema: Da Eucaristia à Santidade (cf. S. J. Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, 17)

Subtema: Eucaristia, escola da santidade

A 27 de novembro, com o início do Advento, dá-se a abertura de um novo ano litúrgico. A liturgia coloca de novo diante de nós um tempo propício para meditarmos nos mistérios da nossa salvação, este ano seguindo o Lecionário Dominical A (lê-se o Evangelho de São Mateus). Desejamos que a dinâmica de vida litúrgica seja a dinâmica da nossa vida pastoral e comunitária, manifestando “uma Igreja serva que educa, celebra e festeja”; por isso, propomos este guia litúrgico-pastoral para o ano 2022/2023 em que somos desafiados a partir da Eucaristia (celebrada, adorada e reparada) à Santidade (emanada do altar de Deus, acolhida no nosso coração e partilhada na nossa ação diária).

O mistério eucarístico constitui o centro da vida da comunidade cristã; a fé na Eucaristia representa o sinal mais autêntico da identidade cristã, que desabrocha em frutos de santidade nos cristãos que constroem com ela a própria vida espiritual. Para ela encaminhamos a nossa vida “De coração humilhado e contrito sejamos recebidos por Vós, Senhor. Assim o nosso sacrifício seja agradável a vossos olhos, Senhor nosso Deus.” – assim reza o sacerdote, em voz baixa, na apresentação dos dons – e dela recebemos a Vida “Tornai-nos atentos e generosos para com as necessidades dos nossos irmãos, de modo que, participando nas suas dores e angústias, alegrias e esperanças, lhes levemos a boa nova da salvação e sigamos, juntamente com eles, o caminho do vosso reino” (OE V 3). Assim, propomo-nos a (re)centralizar a nossa vida comunitária nela, não exclusivamente na sua celebração, mas também, na sua adoração e reparação. Fá-lo-emos celebrando digna e fervorosamente o sacramento da Eucaristia, aumentando em nós a necessidade da celebração dominical da palavra (com a comunhão do Santíssimo Corpo de Cristo) e da adoração ao Santíssimo Sacramento bem como da intensificação das visitas ao sacrário (pessoais e comunitárias).

A fé na presença real de Cristo na Eucaristia assume um papel decisivo tanto para a santificação pessoal como para a redenção do mundo. Ao longo dos séculos uma participação autêntica e plena da eucaristia levou a que múltiplos homens e mulheres alcançassem a glória da comunhão total com Deus: os Santos. A sua vida e a sua intercessão são uma preciosa ajuda para a vivência da nossa fé, a fé da Igreja, que gloriosamente professamos em Cristo Senhor “Pelo testemunho admirável dos santos, aumentais e fortaleceis sempre a vossa igreja e nos dais provas evidentes do vossos amor. O exemplo dos santos nos estimula e a sua interseção nos ajuda a celebrar os mistérios da salvação” (Prefácio dos santos II).

Deste modo, trilharemos juntos os caminhos que nos levam ao altar de Deus, nele apresentaremos as nossas vidas, receberemos a graça e a misericórdia, dele transportaremos connosco a Vida Nova que foi alcançada pelos santos nossos irmãos. Para realizarmos melhor esta missão ao longo do ano queremos caminhar orientados por uma melhor Evangelização, um melhor Serviço, uma Comunidade mais unida e uma Formação mais profunda.

Podemos resumir tudo da seguinte forma [O Plano Pastoral e o Ano Litúrgico (Tempos litúrgicos)]

«Somos uma comunidade

“orante” (Advento)

e “acolhedora” (Natal),

que “serve com amor” (Quaresma),

enraizada em Cristo” (Páscoa)

e que “anuncia o Evangelho” (Tempo Comum)

para a transformação do mundo».

(Quatro princípios orientadores)

1.   Evangelizar é o cerne da nossa identidade e para acontecer “basta” vivermos o Evangelho nas nossas fragilidades e debilidades, mas propomos que:

    • As festas em honra dos santos sejam momentos tão abrangentes que saiam da esfera do adro e abarquem cada rua, casa e família.
    • Promover um ambiente acolhedor aos jovens das nossas comunidades, quer no âmbito da catequese e crisma, quer na jornada mundial da juventude de Lisboa.
    • Promover e motivar que os jovens e os mais afastados se envolvam na realização das coroas de advento e no presépio que serão depois concorrentes na página de fb da nossa UP.
    • Visitar durante o tempo do advento as famílias que celebraram o sacramento do matrimónio e/ou do batismo no último ano na nossa unidade pastoral.
    • Acompanhar, de modo especial no tempo da quaresma, os doentes e acamados das nossas comunidades.

2.  “Estai sempre prontos a responder, para a vossa defesa, a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança» (1 Pd 3, 15). Este desafio que nos é deixado por Pedro deve ser acolhido como um estímulo para nós, assim:

    • As festas em honra dos santos sejam momentos tão abrangentes que saiam da esfera do adro e abarquem cada rua, casa e família.
    • Promover um ambiente acolhedor aos jovens das nossas comunidades, quer no âmbito da catequese e crisma, quer na jornada mundial da juventude de Lisboa.
    • Promover e motivar que os jovens e os mais afastados se envolvam na realização das coroas de advento e no presépio que serão depois concorrentes na página de fb da nossa UP.
    • Visitar durante o tempo do advento as famílias que celebraram o sacramento do matrimónio e/ou do batismo no último ano na nossa unidade pastoral.
    • Acompanhar, de modo especial no tempo da quaresma, os doentes e acamados das nossas comunidades.

3.  Servir é a atitude daquele que se sabe curado e transformado pela misericórdia de Deus “Jesus aproximou-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los” (Mc 1,29-31) assim também nós somos chamados, porque curados pela misericórdia, a servir :

    • Aumentando o conhecimento do que é e como se organiza a Comissão Fabriqueira e as mordomias – ver desdobráveis.
    • Indo ao encontro daqueles que precisam e que não têm companhia sobretudo ao domingo depois de nos alimentarmos na Palavra e no Pão da Vida.
    • Acolhendo e divulgando os serviços de caridade e solidariedade da nossa UP – as IPSS de Celas, Quintela de Lampaças, Salsas, Pinela, Rossas, Rebordãos, Espinhosela, Baçal e França.

4.   A Unidade Pastoral pretende ser uma união de paróquias e/ou comunidades que partilham entre si relações de entreajuda, culturais e sociais. A comunidade é o centro da unidade pastoral, quer a comunidade pequena de uma só aldeia, quer a paroquial, quer a que se vai construindo em torno dos 5 santuários principais da UP, quer a comunidade de comunidades que é a UP de São Bento. Para fortalecermos estas comunidades propomos:

    • Tornar central a presença do sacerdote no dia (ou dias) em que está na comunidade para celebrar a eucaristia.
    • Fomentar a participação de todos nas celebrações que emanam dessa eucaristia (celebrações da palavra, adorações ao Santíssimo Sacramento e Visitas ao Sacrário).
    • Retomar a antiga e salutar tradição de todas as comunidades da mesma paróquia participarem nas festas de cada comunidade em honra do seu orago (padroeiro) ou santo de maior devoção.
    • Celebrar em comunhão com as paróquias vizinhas o Domingo de Ramos (em linha com o que se fez no ano anterior), o Tríduo Pascal e a solenidade do Corpo de Deus.
    • Ajudar, cada um com os seus dons, na celebração mensal no santuário mais próxima de cada comunidade (auxiliando no transporte de quem não tem como se deslocar, no canto, nas leituras, entre outras funções)
    • Celebrar no fim‑de‑semana mais próximo do dia de São Bento o chamado dia da UPSB que este ano se prevê ser no dia 9 de julho.
    • Continuar a valorizar e catalogar o património artístico/religioso/sacro da Unidade Pastoral (fazendo amostragem no nosso site: https://upsaobento.pt/).
    • se possível, realizar uma exposição temática: Eucaristia e Santidade; com objetos litúrgicos (obras) da UPSB.

QUE PODEMOS FAZER para marcar este ano pastoral?

1.   Todos os dias podemos rezar, em comunhão com todos, a oração da pagela que foi distribuída.

2.   Fazer um cartaz para cada Tempo Litúrgico marcando a concretização do tema com uma palavra ou frase:

  SOMOS UMA COMUNIDADE

ORANTE

🡪 no Advento

ACOLHEDORA

🡪 no Natal

que SERVE COM AMOR

🡪 na Quaresma

ENRAIZADA EM CRISTO

🡪 na Páscoa

que ANUNCIA O EVANGELHO

🡪 no Tempo Comum

3.   Partindo da Eucaristia, poderemos valorizar 3 dimensões:

  • Encarnação: valorização do presépio ao vivo.
  • Redenção: via sacra ao vivo.
  • Santificação: valorizar a festa dos Santos padroeiros e preparar bem a festa do Patrono da UPSB – dia da unidade.

Com este guia pastoral para 2022/2023 pretendemos crescer mais na fé, no seu discernimento, e na comunhão, com as suas implicações quotidianas.

     Neste propósito evangélico façamos também nossos os sentimentos de Santo Tomás de Aquino, cantor apaixonado de Jesus eucarístico, e deixemos que o nosso espírito se abra também, na esperança, à contemplação da meta pela qual suspira o coração, sedento como é de alegria e de paz:

> “Bom pastor, pão da verdade, 

   tende piedade de nós, 

   conservai-nos na unidade,

> extingui a nossa orfandade

   e conduzi-nos ao Pai.

> Aos mortais dais alimento,

   dais também o Pão da vida: 

> que a família assim nutrida

   seja um dia reunida

   aos convivas lá do céu”.

> Por nosso patriarca São Bento

   não nos falte o Alimento;

> por montes e vales a oração

   seja alento de todos nós, devotos crentes.

> Vós que viveis e reinas

   pelos séculos dos séculos. Ámen.

                (Oração a fazer na conclusão das Celebrações e reuniões de formação ou catequese…)

☩ Com o seu serviço humilde e simples as zeladoras/mordomas dão um contributo, para que, “na liturgia, brilhe a beleza do mistério pascal, pelo qual o próprio Cristo nos atrai a Si e chama à comunhão.”
A beleza não é um fator decorativo da ação litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação.

“É necessário que, em tudo quanto tenha a ver com a Eucaristia, haja gosto pela beleza; manifestem a unidade da fé e reforcem a devoção”.
(Bento XVI, Sacramentum Caritatis)